terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Bem-vindos!

{Vista do Tejo através de uma janela da Torre de Belém}
 
Resisti bravamente à idéia de criar um blog durante anos. Nem eu sei bem o porquê. Sem dúvida, a resposta passa por algum tipo de medo da exposição. Porém, se é para fazer um blog, que seja autoral. Pois bem, aqui estamos.

Por onde se começa? O mais engraçadinho, no fundo da sala, há de gritar “pelo começo!”. Ok. O blog deve girar em torno de duas paixões: viagens e literatura. O mais inspirado dirá que não há diferença entre os dois, o que não deixa de ser verdade. Justamente por isso é tão fácil que um leve ao outro sem muito esforço e é esse o objetivo deste espaço. Fica então acordado que os textos serão relatos pessoais sobre esses dois universos que se cruzam e dão cria. A princípio, serão duas postagens por semana: uma na terça-feira, de formato mais livre; outra na sexta-feira, sendo sempre alguma memória que trouxe de viagem e que foi se somando a outras tantas lembranças que formam a bagagem que cada um leva consigo durante a vida. Tudo vai sendo adaptado no decorrer do percurso. Toda sugestão é bem-vinda.

Com os primeiros acertos já feitos, vamos ao batismo. Por que “O Rio da Minha Aldeia”? O nome saiu do poema de Fernando Pessoa, assinado pelo heterônimo Alberto Caeiro, que pode ser lido e/ou ouvido abaixo:

“O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia,
Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia
Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia.

O Tejo tem grandes navios
E navega nele ainda,
Para aqueles que vêem em tudo o que lá não está,
A memória das naus.
O Tejo desce de Espanha
E o Tejo entra no mar em Portugal.
Toda a gente sabe isso.
Mas poucos sabem qual é o rio da minha aldeia
E para onde ele vai
E donde ele vem.
E por isso porque pertence a menos gente,
É mais livre e maior o rio da minha aldeia.
Pelo Tejo vai-se para o Mundo.
Para além do Tejo há a América
E a fortuna daqueles que a encontram.
Ninguém nunca pensou no que há para além
Do rio da minha aldeia.

O rio da minha aldeia não faz pensar em nada.
Quem está ao pé dele está só ao pé dele.”



Não há pretensão de grandiosidade aqui. Cada relato é fruto de uma inquietação ou um encantamento muito particular e, na maior parte das vezes, sem grande explicação. Afinal, o blog é o rio da minha aldeia.


Deixe suas impressões
(sobre a vida, o universo e tudo mais):

  1. carambaaaaaaaaaaaaaaaaa nasceu!! hip hip hurra!!!
    Tantas saudades de ouvir a tua voz!
    Eureka! saudadinhas desta aldeia mesmo ao lado do Tejo!

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  2. ADOREI MEU AMOR!!!
    QUERIA MUITO QUE VOCÊ DIVIDISSE COM MAIS PESSOAS SUA MANEIRA
    (GABRIELISMO) DE LIDAR COM A VIDA.

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  3. Que bom saber que as próximas terças e sextas-feiras serão dias especiais, com as águas dos rios de tantas aldeias trazendo um pouquinho de você.

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  4. Recebi o mail da Laura e entrei direto aqui! E cheguei a ficar emocionada!
    Virei aqui de vez em quando, saber de você e de suas viagens.
    Grande beijo!

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  5. Gabriela, querida!
    Eu não conheço o Tejo, mas fiquei orgulhoso de você pois sou parte da nascente do rio que corre pela sua aldeia!
    Parabéns!
    Beijo!

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  6. Por esta "degustação", imagino que a espera por terças e sextas, será ansiosa .
    Beijinho e parabéns pela ideia do blog . Nós merecemos !!!

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  7. Em evento militar recente encontrei seus pais que me contaram as novidades, dentre elas o seu blog. Assim que pude entrei e fiquei encantado com tudo. De agora em diante passarei a visitar pra saber sobre dicas de viagem, ler um pouco de poesia e lembrar da pequena Gabriela.
    Parabéns!
    Dr Amaral.

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