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| {Foto tecnicamente péssima, mas das mais bonitas que tenho} |
Em 2008, fui com a família do meu namorado para o Peru. País incrível, em que todo tempo de visita é pouco.
No último dia em Cusco, fizemos alguns passeios nos arredores, terminando em um pequeno povoado chamado Chinchero. Como qualquer boa cidade de colonização ibérica, o ponto alto é a igreja, com um teto rústico belíssimo todo pintado com pequenas figuras.
Pouco antes da visita à igreja, paramos em uma pequena cooperativa de tecelagem onde apresentavam aos turistas todo o processo de limpeza, coloração e preparação da lã. Passeio bastante interessante, que acaba realmente ganhando a boa vontade dos possíveis compradores. Já na saída, vi uma senhora muito compenetrada sentada ao tear. Por mais que estivesse no meio do espaço em que aconteciam as apresentações turísticas, ela era a única que parecia alheia a tudo aquilo. Me aproximei devagar, me agachei e perguntei baixinho em espanhol se podia tirar uma fotografia de nós duas. Ela não emitiu uma única palavra em resposta, apenas levantou o rosto com um sorriso imenso procurando a máquina fotográfica. É até hoje minha foto preferida de viagens.
Há linguagens que são universais.
Sem dúvida o sorriso é maior tesouro e arma da humanidade, dá para entender porque é a sua foto favorita. (Engraçado que lendo o texto não pude deixar de fazer a correlação entre o nome do lugarejo e o adjetivo usado há alguns anos no Rio - talvez ainda se use, não sei- para designar um fumante de maconha : "chinchero"…- talvez tenha um "i", mas o som é o mesmo…rsrs).
ResponderExcluirTão diferentes, mas ambos são lindos!
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