quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Decepções

{Famoso sanduíche de pastrami de Nova York}

Adivinhe só? Pois é, a vida continua corrida e por isso o post de hoje entra tão tarde. Nesse ritmo alucinado, lembrei da lista de destinos-desejo que já fiz aqui no blog e que gerou conversa boa lá no Facebook (por sinal, você já curtiu a página do blog no Facebook?).

Dessa vez, ao invés de falar de lugares que ainda quero visitar, vim falar de coisas que quis muito conhecer. Tanto, que muitas vezes acabei criando uma expectativa que estava bem longe da realidade. Enumerei oito aqui abaixo. A idéia era fazer uma lista de dez, mas até que fiquei feliz em não conseguir lembrar de tantos casos de fracasso. Porém, verdade seja dita, mais do que decepção, boa parte dessas “surpresas” rendeu pelo menos algumas risadas.

- Quadro “A Monalisa” de Leonardo Da Vinci:
acho que essa decepção não é só minha. A gente passa uma vida escutando que é a grande obra prima da arte mundial, que seu sorriso enigmático hipnotiza desde sempre especialistas e o grande público... Aí, você chega ao Museu do Louvre e, depois de ultrapassar uma montanha de turistas asiáticos, se depara com um quadro pequeno e difícil de ver através de um grosso vidro de segurança. Lamento, mas não alcancei toda a beleza que me foi prometida. 

- Fachada do teatro Scalla de Milão: dizem que por dentro o teatro é lindo e pelas fotos que vi, até acredito que sim. Porém, achei a fachada tão sem graça que passei em frente a ela diversas vezes até me dar conta de que se tratava verdadeiramente do Scalla de Milão.

- Cidade de Maubara, em Timor-Leste:
essa história é muito boa e merece um post só para ela. Basta dizer que, na falta de alternativa, as pessoas se apegam a cada coisa!

- Catedral de Sal de Zipaquirá, na Colômbia:
já contei essa aventura antes e o passeio foi realmente incrível, mas a catedral em si foi um fiasco. Eu pensava que se tratava de uma igreja feita com pedras de sal, mas se trata de uma mina subterrânea onde foi escavado o santuário. Longe de mim não reconhecer o trabalho hercúleo que deve ter sido esculpir aquilo tudo, mas é uma seqüência sem fim de cruzes em baixo e alto relevo. E para cada uma delas a guia tinha uma explicação inspiradíssima. Decididamente, não é o meu tipo de passeio.

- Comida do restaurante Fifteen, de Jamie Oliver, em Londres:
a comida não é ruim, mas mais uma vez foi uma questão de expectativas demais. O projeto de recuperação de jovens que são treinados para trabalhar no restaurante e o ambiente valem muito a pena, mas a comida não é melhor do que qualquer outra tratoria. O restaurante também não chega a ser caro, tampouco é barato. Prefiro juntar um pouco mais de dinheiro para ir num restaurante de alta gastronomia.

- Museu Van Gogh, em Amsterdã:
como se tratava do museu do meu pintor favorito, fui com muita empolgação. Entretanto, a verdade é que a maior parte das obras conhecidas do pintor está distribuída por outros museus do mundo. Minha melhor lembrança é da cafeteria quentinha com a neve pintando tudo de branco lá fora. 

- Sanduíche de Pastrami, em NY:
depois de algumas indicações, fomos no lugar considerado o melhor para se comer o famoso sanduíche de pastrami de Manhattan. Na ocasião, ainda havia o tempero mais especial do mundo: a fome. Nem assim consegui encarar aquela montanha de carne com gordura de queijo pingando. 

- Cidade de Salsalito, Califórnia:
quando fomos para São Francisco, várias pessoas disseram que uma tarde em Salsaltito era indispensável. Pegamos um ônibus e atravessamos a Golden Gate, mas para chegar até a cidadezinha litorânea ainda tivemos que descer várias ladeiras a pé. A cidade toda é percorrida em cinco minutos a pé e, nesses cinco minutos, André e eu íamos rindo de incredulidade de que todo o esforço que fizemos para ver uma cidadezinha como tantas outras à beira do mar. Na volta, esperando no ponto de ônibus num frio sem fim, o riso era entrecortado por alguns versos de “All the leaves are brown”, de The Mamas & the Papas.

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(sobre a vida, o universo e tudo mais):

  1. Olha, sei que se trata de uma lista de frustrações, mas eu ri. Não ri zombando de você, mas você me fez lembrar de todas as minhas. Eu sempre crio expectativas muito altas pra qualquer viagem, e sempre acabo nessa. E sei lá porque, acho isso muito engraçado... Eu me sinto uma bolinha murcha, sabe?
    "Ieeeeeeei, vou ver o quadro da Monalisa, vou ver o quadro da Monalisa!"
    vejo o quadro da Monalisa e... "fuein" Hahaha. Acho que a única viagem que fiz com expectativa média foi pra Gramado. Lá encontrei um restaurante com a combinação perfeita de frango, sopa capeletti, salada e vinho.

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    1. Não se preocupe, Monalisa! Também já arrancaram muitos risos de minha parte. E olha que alguns deles até foram de zombaria de mim com as minhas próprias escolhas.

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