quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Souvenir

{Estante com espécie de estola típica timorense}


Não sou lá muito fã de lembrancinhas de viagem. Não sou a maior compradora delas e confesso que nem todas que ganho ficam expostas na minha casa.


Nada pessoal, ou, pelo contrário, justamente porque acho esse tipo de objeto extremamente pessoal e nem tudo combina comigo ou com meu marido. A não ser que se conheça muito o gosto da pessoa presenteada, ainda acho que as melhores lembranças de viagem são alguma guloseima ou um cartão postal. 

Quando compro um souvenir para mim, normalmente não é alguma miniatura de monumentos ou algo convencional. Prefiro os objetos que dizem mais sobre o meu estado de espírito naquele momento do que façam uma referência direta ao lugar que visitei. Eles ficam espalhados pela casa e costumam me fazer lembrar de algum momento gostoso ou de uma história engraçada. No fim das contas, a maior parte deles está na minha estante de livros (a foto dela é capa da página do blog no Facebook), que é o centro da minha sala e provavelmente o móvel da casa para o qual mais olho durante o dia. Reuni alguns deles – todos comprados em viagens – aqui. 

Aproveito para fazer um desabafo: o maior problema do blog são as fotos. Por falta delas acabo deixando de escrever alguns textos que gostaria e as poucas que entram aqui já não são de muita qualidade. Estou trabalhando para resolver o problema. Por enquanto, por favor, releve.



O enorme Óbelix foi comprado no Parque do Ásterix, nos arredores de Paris. Na verdade, foi o presente que o André me deu pelos nossos quatro anos de namoro e, além de tudo, é um cofre. Há muito tempo vem sendo guardião da estante onde ficam meus livros que têm dedicatórias dos autores. 



Essas corujas comprei na lojinha do zoológico de Sydney (como já disse, não resisto a uma lojinha de museu ou afins). As vi logo que cheguei no zoo e passei todo o passeio pensando se devia comprá-las ou não. Acho que fiz uma ótima escolha. Adoro como elas imitam aquelas estátuas tradicionais dos macaquinhos tapando os olhos, a boca e os ouvidos.



A estátua de Shiva foi um presente trazido por um amigo de infância do André de uma viagem à Índia. É uma das poucas peças que ele trouxe quando nos mudamos. Ela fica em cima dos livros mais clássicos de Relações Internacionais. Um pouco de Oriente coroando o pensamento ocidental.



O bico do pingüim é de rodocrosita, uma pedra típica da Argentina. Minha mãe me deu esse pingüinzinho no aeroporto, quando estávamos voltando de uma das férias em Bariloche. Como já disse antes, pingüins são meus animais favoritos e esse toma conta dos meus dicionários e gramáticas de idiomas estrangeiros. 



A bandeirinha da ONU foi um presente super carinhoso do meu cunhado. Numa escala em NY ele perguntou o que devia visitar e eu, meio de brincadeira, disse que ele devia ir até a ONU fazer uma reverência em meu nome. Ele não só foi como me trouxe essa lembrança, assim como vários panfletos, uma caneta e um prendedor de crachá. A bandeirinha ocupou por muito tempo uma estante só para ela, mas hoje mora junto de um livro sobre os patrimônios da Humanidade estipulados pela UNESCO e um globo terrestre.



Esse bebê Buda foi comprado por mim e pelo André na viagem que fizemos a São Paulo dois fins de semana atrás para comemorarmos dez anos juntos. Além de ter uma cara muito gostosa, a estátua vai ficar como recordação desse fim de semana incrível de descanso.



Esse patinho foi presente da minha mãe na viagem que fizemos no começo do ano a Bariloche. Ele me lembra um personagem de desenho animado, por isso fica na estante de histórias em quadrinho debruçado em direção aos livros de Dr Seuss.



Esse hipopótamo tem uma história engraçada. Quando eu e André estávamos em intercâmbio, meus pais foram nos visitar no Natal. Antes de sair do Brasil, minha mãe telefonou para o André perguntando se ele precisava de algo que ela pudesse levar para ele. De pilhéria, André respondeu “um hipopótamo”. Minha mãe deu um jeito de satisfazer o pedido. Ele vive sobre livros “de peso” como ele, do Graham Greene.



A ovelhinha de lã foi presente de uma grande amiga trazido do Peru. Por sinal, foi ela uma das responsáveis pelas melhores dicas sobre país, que ajudaram em muito quando fui para lá com André e sua família. O nome da ovelhinha é tortilla e ela já viveu em muitos lugares diferentes da estante. Hoje, está morando sobre alguns livros de moda.



Os galinhos de Barcelos de metal foram comprados pela minha mãe em Portugal antes de eu nascer. Os surrupiei quando montei minha própria casa. Por ironia do destino eles fazem a guarda em frente da gramática da Real Academia Espanhola.



Em cima da mesma gramática está a matrioska que minha madrinha trouxe para mim de uma viagem ao leste europeu, não lembro se da Hungria ou da República Checa.



Esse casalzinho se beijando foi um presente que o André me deu em Delft, cidade holandesa conhecida por sua porcelana azulada. Eles namoram escondidos entre livros de bolso sobre política e revoluções no melhor estilo “faça amor, não faça guerra”. 

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